Desenvolvimento via educação: Teoria do Capital humano como base para o desenvolvimento
Géderson S. Gogia
1-INTRODUÇÃO:
O objetivo do presente trabalho é relacionar a evolução do número de alunos ingressantes no ensino superior, por meio de vestibular e outros processos seletivos, com a variação do investimento público direto em educação por estudante na educação básica e o aumento no volume de vagas disponibilizadas nas universidades públicas.
Com isto pretende-se demonstrar que os aumentos nos investimentos na educação básica, afetam positivamente o volume de indivíduos ingressantes no ensino superior.
Deste ponto de vista, o investimento em educação pode permitir alcançar um maior nível de desenvolvimento e também este, por sua vez, pode gerar acréscimos no nível educacional da população.
2-REVISÃO DE LITERATURA:
Para elaboração deste trabalho utilizou-se como base a Teoria do Capital
Humano (TCH), que teve como principal expoente Theodoro W. Schultz (1902-1998), idealizador da ideia de capital humano nos anos 50, nos EUA. Em sua visão o trabalho humano quando qualificado pela educação é um dos principais meios de aumento de produtividade e, por consequência, dos lucros do capital. Este capital humano é por ele compreendido como a soma dos investimentos do indivíduo em aquisição de conhecimentos e que a qualquer momento revertem-se em benefícios econômicos para o próprio indivíduo (SCHULTZ, 1962). Partindo da premissa que o homem educado aumenta sua produtividade, o conhecimento adquirido se incorpora ao homem como seu “capital”, aumentando sua capacidade de gerar renda.
Essa teoria chega ao Brasil num contexto bastante tomado pela ideologia nacional-desenvolvimentista nos anos 50. A TCH faz da educação um instrumento indispensável aos países subdesenvolvidos para alcançar o desenvolvimento pretendido. Em concordância com Frigoto (1996) podemos observar que encontramos nas agências multilaterais1 a concordância que o maior