Desenvolvimento sustentável

1. Introdução
O presente trabalho de pesquisa vai debruçar-se sobre o tema sustento e desenvolvimento da sociedade. Antes de abordar na intriga o desenvolvimento do tema em questão, importa referir que o desenvolvimento da sociedade é um processo unitário. Isto significa que não se pode determinar uma certa fase do desenvolvimento num aspecto da vida social sem que seus efeitos repercutam sobre todos os outros. É devido a essa unitariedade que é possível apreender o próprio processo do ponto de vista de uma como de outra manifestação social, e chegar entretanto a sua compreensão.

2. Breve historial sobre o conceito de desenvolvimento nos anos 60 e a polémica gerada

A temática do desenvolvimento surgiu no início da década de 60, predominantemente nos Estados Unidos, no contexto da guerra fria. Elaborada por técnicos do MIT (Massachusetts Institute of Technology), propunha-se a desenvolver ou modernizar (os dois termos se equivaliam) as sociedades “tradicionais” ou “atrasadas”, de forma a construir uma “sociedade internacional aberta”, sob a óbvia hegemonia norte-americana. Esta proposta tinha como objectivo manter tais sociedades sob a esfera de influência norte-americana, barrando eventuais avanços do bloco soviético: é sintomático que o livro clássico desta escola da modernização, a obra de W.W. Rostow, “Etapas do Desenvolvimento Económico”, tivesse por subtítulo “um manifesto não-comunista”.2 Outro objectivo, este não explicitamente declarado, era abrir espaços para a expansão capitalista, que vivia novo estágio de acumulação através de uma nova divisão internacional do trabalho.

Sintonizados com tais estratégias, Rostow, Eisenstadt, Millikan & Blackmer, Hoselitz, Levy3, dentre outros, defenderam um processo de difusão da modernização, através do qual “sociedades atrasadas”, tomando os Estados Unidos como paradigma da boa sociedade desenvolvida, poderiam dar sua arrancada (take-off) e queimar etapas em direcção à “maturidade” e à “era do