Desenvolvimento sustentável e qualidade de vida

Durante a transição entre as décadas de 1960 e 1970, concomitantemente com a publicação de um documento intitulado "Limites do Crescimento" pelo Clube de Roma e a realização da Conferência de Estocolmo, teve início uma etapa de intensa produção científica dedicada às questões como a relação entre espaço e sociedade e a definição da capacidade de suporte do meio ambiente ante o crescimento demográfico, entre outras. Constatou-se que nos países em desenvolvimento a degradação ambiental decorre da insuficiente infraestrutura, enquanto nos países mais avançados economicamente a degradação é consequência do próprio desenvolvimento e, mais, que existe um limite tênue entre o problema ambiental e o problema social. Esses estudos preliminares foram sucedidos por vários estudos que focam determinar tais limites e gerar soluções de desenvolvimento.
As soluções foram baseadas desde o princípio num conceito embrionário até então, o de "desenvolvimento sustentável" (apoiado pela tríade de sustentabilidade econômica, social e ambiental). Somente depois de 1987 este termo foi popularizado, após a publicação do Relatório Brundtland ("Nosso Futuro Comum") pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, pertencente à Organização das Nações Unidas. De acordo com o relatório, o "desenvolvimento sustentável" é definido como "desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer suas próprias necessidades" (ONU/CMMAD, 1987: 54).
O Ministério do Meio Ambiente, em uma publicação recente, amplia o conceito definindo desenvolvimento sustentável da seguinte maneira:
“aquele que concilia métodos de proteção ambiental, equidade social e eficiência econômica, promovendo a inclusão econômica e social, por meio de políticas de emprego e renda. Esse estilo de desenvolvimento deve oferecer um amplo conjunto de políticas públicas capaz de universalizar o acesso da população aos serviços de