Desenvolvimento (in)sustentável- resenha

FREITAS, Rosana de Carvalho Martinelli, NÉLSIS, Camila Magalhães, NUNES, Letícia Soares. A crítica marxista ao desenvolvimento (in) sustentável. Revista katálysis, Florianópolis, v. 15, n. 1, p. 41-51, jan./jun. 2012. Rosana de C. M. Freitas é Doutora em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Professora do Curso de Graduação e do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da UFSC. Camila M. Nélsis e Letícia S. Nunes são Assistentes Sociais e Mestres em Serviço Social – UFSC. As autoras são pesquisadoras participantes do projeto “Situações de desastres: novas demandas e desafios ao trabalho interdisciplinar”, que é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). O referido artigo se configura como resultado parcial das atividades desenvolvidas pelas autoras. O artigo é iniciado com uma visão marxista que nos apresenta o modo de produção capitalista e suas lutas de classes na exploração e opressão de uma classe sobre a outra e na exploração dos recursos naturais, tendo como consequência à denominada “crise ambiental” fruto da degradação social e ecológica e da submissão da atividade agrícola à lógica mercantil, ao que ele denominou “fratura metabólica” por expressar a alienação entre homem e natureza, causada pela especificidade do trabalho e de toda a cadeia produtiva, quando desenvolvidas no sistema capitalista. Num segundo momento ele faz menção ao inicio dos debates sobre a questão ambiental, que deveria ser inserida pelos países em suas políticas públicas, o que culminou na Primeira Conferência Mundial para o Meio Ambiente em 1972 e na criação da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1980, mais conhecida como Relatório Brundtland, e nos apresenta o conceito de desenvolvimento sustentável, que, embora convincente, soa mais como um pacto transclassista por não ter um fundamento teórico para tratar a questão da sustentabilidade, pois não compatibiliza o