Desenvolvimento da Pesquisa Epidemiológica
Leal MC; Bittencourt SA. Desenvolvimento da pesquisa epidemiológica em saúde pública. In: HORTALLE, VA (orgs). Pesquisa em saúde coletiva: fronteiras, objetos e métodos. Rio de Janeiro, RJ: Editora Fiocruz 2010. 238p.
Maria do Carmo Leal é graduada em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (1975), mestra e doutora em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (1981 e 1997). Pesquisadora titular da Fundação Oswaldo Cruz, foi Vice Presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz e Diretora da Escola Nacional de Saúde Pública. Tem experiência em docência e investigação na área da Saúde Pública, com ênfase em Epidemiologia.
Sonia Azevedo Bittencourt é graduada em Nutrição pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1981), mestra em Alimentação e Nutrição pelo Instituto de Nutrição de Centro América e Panamá (1990) e doutora em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (2006). Atualmente é pesquisador associado da Fundação Oswaldo Cruz. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Epidemiologia.
No presente capítulo as autoras sumarizam questões-chaves para a montagem de pesquisa epidemiológica em saúde coletiva. Iniciam definindo o que é epidemiologia, quais são seus objetivos e os tipos de estudos epidemiológicos, os quais dividem-se em dois grandes grupos: observacionais (descritivos e analíticos) e experimentais. Definem como determinantes da escolha do tipo de estudo, as características e o nível de conhecimento acerca do problema em estudo, bem como a disponibilidade de tempo e recursos financeiros. Os estudos observacionais partem da informação de quem tem, onde e quando ocorrem os agravos à saúde para descrever a frequência e a distribuição dos mesmos na unidade de análise que pode ser o indivíduo ou grupos populacionais (estudos ecológicos) considerando variáveis biológicas, demográficas e sociais (descritivos ou transversais) ou testam hipóteses sobre associação