Desculpa amor

“Eu já exclui todas as suas mensagens, apaguei todas as suas ligações, arranquei todas as folhas do meu caderno que havia escrito seu nome junto ao meu. Não sobraram muitas folhas, mas eu precisei tentar te esquecer. Amassei e ateei fogo em todas as folhas em que escrevia pra ti. Textos que nunca foram lidos por ninguém além de mim. Cartas que nunca chegaram para você. Cartas que relatam a nossa história tão complicada. Basicamente amor e ódio. Ou gato e rato. Tudo o que vivemos foi o suficiente para você se tornar o meu príncipe encantado, meu porto seguro. Ou nem tão seguro assim. Pra mim não importava o quão era complicado o nosso amor; como dizem, o amor é cego, surdo e mudo. Sim, acrescente a surdez e a impossibilidade de falar. Além de não enxergarmos absolutamente nada de ruim em nosso companheiro quando estamos apaixonados, também somos surdos quando nos alertam de que o próprio não presta, e ficamos mudos, pois por mais que sejamos surdos perante a verdade, no fundo nós ouvimos ela, porém ficamos apenas calados. Os momentos que consegui passar contigo, foram - e são - insubstituíveis para mim. Ao contrário de você. Me desapegar de ti, foi necessário. Meu cérebro gritava isso, e dessa vez eu larguei tudo para escutá-lo. Tive que apagar todos os registros que me fazia lembrar você. Hoje, você me faz sofrer. Mas me pergunto como alguém que um dia me fez tão feliz, pode me causar tão mal assim?”
Eu só espero que você encontre alguém, mas não qualquer pessoa, alguém que saiba fazer a tua comida preferida, alguém que saiba a marca das tuas roupas, alguém que saiba que você não gosta de nenhum tipo de verdura, que saiba arrumar tua bagunça, alguém que não roube teu lugar preferido na cama — sempre a minha direita — ,alguém que saiba que tu ama dormir de conchinha, mas saiba que depois que você pega no sono se solta e se vira, que saiba que quando você acorda, acorda mais lindo(a) que nunca, alguém que perceba qual o teu jogo favorito, alguém que ache engraçado