Descartes

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Pensamentos de Descartes

A maior parte da obra de Descartes é consagrada às ciências (domínio da matemática e da ótica) mas o que ele mais quer é conseguir um modo de chegar a verdades concretas. Sua filosofia, exposta principalmente em o “ Discurso sobre o método” , o mais amplamente lido de todos os seus trabalhos, é a proposta de meios para tal.
Descartes parte da dúvida chamada metódica, porque ela é proposta como uma via para se chegar à certeza e não é dúvida sistemática, sem outro fim que o próprio duvidar, como para os céticos. Argumenta que as ideias em geral são incertas e estáveis, sujeitas à imperfeição dos sentidos. Algumas, porém, se apresentam ao espírito com nitidez e estabilidade, e ocorrem a todas as pessoas da mesma maneira, independentes das experiências dos sentidos, e isto significa que residem na mente de todas as pessoas e são inatas. Descartes vai, por etapas, nomear as ideias que ele inclui nessa categoria de claras, distintas, e inatas e vai demonstrar que essas são ideias verdadeiras, não podem ser ideias falsas.
A primeira ideia que examina é a do próprio Eu. Desta ideia, diz ele que não pode duvidar. É a ideia do próprio Eu pensante, enquanto pensante. E então conclui com sua célebre frase: “ Penso, logo existo”. Este dito, talvez o mais famoso da história da filosofia, aparece primeiro na quarta seção do “ Discurso sobre o método”, de 1637, em francês, Je pense donc je suis, e depois na primeira parte do “Princípios da Filosofia” (1644) que é praticamente a versão latina do “Discurso”, Cogito ergo sum.
É considerado muito provável que Campanella tenha inspirado Descartes sua célebre frase. Campanella foi o primeiro filósofo moderno a estabelecer a dúvida universal como ponto de partida de todo pensar verdadeiro, e a tomar a autoconsciência como base do conhecimento e da certeza. Apesar de que a Metafísica de Campanella saiu em 1638, e o Discurso sobre o método saiu antes, o próprio Descartes diz em sua correspondência que havia

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