Descartes x humes

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A primeira grande divergência entre Descartes e Hume diz respeito aos seus métodos. Descartes usa o método dedutivo e que, portanto não necessitam, ou não podem ser provadas na experiência. A dedução normalmente é a concatenação de informações pressupostas. A dedução cartesiana não recorre à experiência em nenhum momento, mas o fato de muitas conclusões do método dedutivo coincidirem com o que se observa no mundo real leva a acreditar que a dedução é um método confiável, mas é passível de erro caso um dos pressupostos seja falso. Já Hume usa o método indutivo. O método indutivo tem significados diferentes conforme o filósofo a ser estudado, mas todas as definições convergem na experiência. Seria o ato de estudar empiricamente particularidades e propor leis universais através da análise de tais particularidades, diminuindo a chance de erro conforme a quantidade de experiências bem-sucedidas. Por exemplo, o sol nasce hoje, nasceu ontem e sempre nasceu no início de cada manhã. Concluo por isso que o sol nascerá amanhã, pois já observei isso várias vezes, o bastante para afirmar que o sol sempre nascerá. Assim como a dedução, a indução é um método passível de refutação, pois pode haver exceções à regra universal proposta pelas experiências. Um bom exemplo seria o efeito placebo, onde é ministrada a um grupo uma cápsula contendo açúcar, mas o grupo é logrado a pensar que trata-se de um remédio para suas enfermidades. Alguns reagem positivamente ao placebo, mas outros não. As exceções levam os estudiosos usuários de indução a fazer mais experiências, mas nunca há um número suficiente de experiências que cubra todas as exceções; tal número é humanamente inalcançável. Em Descartes, a dedução parte de um conceito universal para criar conceitos particulares e a indução de Hume segue a via contrária. Hume levou o empirismo às últimas consequências e sugeriu que o ser humano é uma criatura que tende ao prático, não tanto ao racional. Criticou a metafísica e mantinha um

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