Departamentalização

2 ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS (II) —DEPARTAMENTALIZAÇÃO

Aprofundaremos um pouco mais no problema referente à apropriação dos Custos Indiretos, para constatar o que é a Departamentalização e por que se faz a Departamentalização.

2.1 POR QUE DEPARTAMENTALIZAR

Vamos imaginar que uma empresa, produzindo três produtos, D, E e F, tenha já alocado a eles os seguintes Custos Diretos:

Produto D
R$ 500,00
Produto E
R$ 300,00
Produto F
R$ 450,00
Total
R$ 1.250,00

Custos Indiretos:

Depreciação de equipamentos
R$ 200,00
Manutenção de equipamentos
R$ 350,00
Energia elétrica
R$ 300,00
Supervisão de fábrica
R$ 100,00
Outros Custos Indiretos
R$ 200,00
Total
R$ 1.150,00

Em conseqüência da grande preponderância de Custos Indiretos relacionados a equipamentos (depreciação, manutenção, energia), resolve-se fazer a distribuição aos vários produtos com base no tempo de horas-máquina que cada um leva para ser executado.

Produto D
400 horas/máquina – 40%
Produto E
200 horas/máquina – 20%
Produto F
400 horas/máquina – 40%
Total
1.000 horas/máquina – 100%

Dessa forma, a atribuição dos Custos Indiretos e o cálculo do Custo Total ficariam da seguinte forma: (Custo Indireto médio por hora-máquina = $115.000 ÷ 1.000 hm = $115/hm.)

Custos Indiretos
Custos
Diretos
Total

R$
%

Produto D
R$ 460,00
40%
R$ 500,00
R$ 960,00
Produto E
R$ 230,00
20%
R$ 300,00
R$ 530,00
Produto F
R$ 460,00
40%
R$ 450,00
R$ 910,00
Total
R$ 1.150,00
100%
R$ 1.250,00
R$ 2.400,00

Nestes valores acima estariam os Custos Totais de Produção dos três produtos. Ao analisarmos mais cuidadosamente o processo de produção, constata-se que mesmo que os totais de horas-máquina consumidos serem aqueles mesmos encontram-se uma grande diferença entre os produtos pelo seguinte: o produto gasta um total de 400 hm, divididas nos setores de Corte, Montagem e Acabamento, ao mesmo tempo em que o Produto E só passa pelo Corte, não precisando nem de Montagem nem de Acabamento, e o Produto F só passa exatamente por