Democracia 56 - 61 e JK
Pedro Cezar Dutra da Fonseca aponta para a criação de uma série de instituições que procuraram representar os interesses industriais e ao mesmo tempo apostavam na diversificação agrícola, retirando o peso do grupo cafeicultor nas decisões econômicas, bem como inaugurando o envolvimento do governo com os trabalhadores, regulando as relações trabalhistas, fomentando a associação e criando órgãos de qualificação da mão de obra.
Já o autor Pedro Paulo Zahluth Bastos escreve sobre a gestão macroeconômica, incorporando na sua apreciação os interesses socioeconômicos e os cálculos políticos como elementos estruturantes para a interpretação da condução econômica na conjuntura de crise, procurando deslindar a “economia política da política econômica”
(BASTOS; FONSECA, 2012: 181). Dois grandes grupos disputavam projetos alternativos de gestão macroeconômica: de um lado os representantes da oligarquia cafeeira paulista e os credores estrangeiros organizam-se em torno de uma política ortodoxa de equilíbrio fiscal e direcionamento de recursos para saldar contratos com prestamistas estrangeiros; de outro lado, as demais oligarquias estaduais, bem como os estratos médios da população, dependentes da sustentação da renda em moeda nacional e, sobretudo, os industriais paulistas, exigiam uma política voltada para a ampliação do crédito e da