Deficiência

As fibras óticas

Fibras óticas são fios longos e finos, de dimensões semelhantes a um fio de cabelo. São constituídas por vidro muito “puro”, ou seja, permitem a reflexão total da luz, evitando a refração (mudança de meio). Deste modo, as radiações eletromagnéticas, ao sofrerem a reflexão total num lado, mudam de direção e acontece o mesmo no outro lado. Estes fios têm dimensões microscópicas, comparáveis às de um fio de cabelo. Uma fibra ótica é composta por um núcleo, constituído por vidro por onde a luz viaja, uma interface, onde é refletida a luz de modo a regressar ao núcleo, e uma capa protetora, que é formada por plástico ou sílica. As fibras óticas têm obviamente o objetivo de transmitir luz. Aplicam-se geralmente nas telecomunicações (são utilizadas para sistemas telefónicos, sistemas de televisão a cabo e internet) e na medicina (para se efetuarem cirurgias, por exemplo, ao nível da correção da visão ou laparoscópicas, endoscopias ou até broncoscopias). Estas fibras podem ser fabricadas de duas formas: fibras monomodo e multimodo. As fibras monomodo possuem um núcleo mais pequeno e a banda maior. Deste modo, a luz consegue percorrer grandes distâncias e a qualidade é maior, porém apenas consegue transmitir um sinal. As fibras multimodo conseguem transmitir vários sinais. Este método de condução da luz tem vários benefícios, sendo usada mais frequentemente. As fibras óticas evitam a perda da transmissão, não havendo distorção do sinal ao contrário dos cabos de cobre, pois nestes há interferência eletromagnética. Além disso, também é difícil desviar o sinal, sendo a privacidade maior e o tamanho e o peso são menores do que os cabos de cobre. Este último aspeto é realmente importante, pois evita o excesso de peso nos aviões, nos sistemas montados nos telhados e até nos satélites. Por fim, as fibras óticas são igualmente mais baratas, pois são constituídas por vidro e quartzo, um dos minerais mais comuns no mundo.