Deficiência intelectual casuada por hiperglicinemia não-cetótica

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL CAUSADA POR HIPERGLICINEMIA NÃO-CETÓTICA

Nicole Pinho Ghidini1
Miriam Izolina Padoin Dalla Rosa2

O presente trabalho possui o objetivo de apresentar uma relação entre teoria estudada em sala de aula e prática realizada em atividade de observação. A teoria estudada foi na disciplina de Transtornos Psicossociais na Infância, onde foram analisadas patologias na fase infantil da vida humana, e o caso observado será relatado a seguir. O sujeito observado, o qual será chamado de M., possui um diagnóstico não fechado de Deficiência Intelectual (DI) severa, apresentando um grande atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. A causa da DI de M. foi uma doença neonatal denominada hiperglicinemia não-cetótica. Segundo a Associação Americana sobre Deficiência Intelectual do Desenvolvimento (AAIDD), a deficiência intelectual pode ser definida como um funcionamento intelectual inferior à média, em que o sujeito apresenta limitações adaptativas em algumas habilidades como comunicação, autocuidado, lazer, adaptação social, funções pedagógicas, entre outras, que ocorrem antes dos 18 anos de idade. A DI não é uma doença e, portanto, não há uma cura. As pessoas com deficiência intelectual possuem dificuldades para aprender, entender, e realizar atividades da vida diária que, aos olhos de outras pessoas, parecem ser atividades comuns. A DI é, na grande maioria das vezes, resultado de uma alteração no desempenho cerebral, que é provocada por fatores genéticos, distúrbios na gestação, complicações no parto ou na vida após o nascimento.

Na Deficiência Intelectual a pessoa apresenta um atraso no seu desenvolvimento, dificuldades para aprender e realizar tarefas do dia a dia e interagir com o meio em que vive. Ou seja, existe um comprometimento cognitivo, que acontece antes dos 18 anos, e que prejudica suas habilidades adaptativas (Vieira, 2005). No caso da deficiência intelectual severa, há um grave comprometimento neurológico em que o