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Quem passa pela Av. Vitorino Freire avista de longe a chaminé da antiga Companhia de Fiação e Tecidos de Cânhamo, um arauto do patrimônio fabril ludovicense. O espaço de 4.107 m² foi construído em 1891 e hoje é tombado pelo patrimônio estadual. A Fábrica Cânhamo, como era conhecida, fazia parte do polo industrial da capital ao lado de outras grandes fábricas, como a vizinha São Luís e a Rio Anil.

Conheça a história da Fábrica de Tecidos Rio Anil

Inaugurada em 1893, funcionou até início dos anos 70 quando se tornou, após anos de abandono, o Centro de Comercialização de Produtos Artesanais do Maranhão (Ceprama). Enquanto fábrica, seu objetivo era produzir juta para obtenção de fibras têxteis. Tinha 105 teares, 28 máquinas operatrizes e 220 operários que produziam em média 1,4 milhões de metros de estopa por ano.

Fábrica Cânhamo, em 1908 / Foto: Gaudêncio Cunha
Construída em um terreno de grande declive, o prédio da antiga fábrica tem paredes espessas de pedras, que hoje estão aparentes em alguns espaços para apreciação pública; tem ainda telhas francesas de barro, sheds (telhados em forma de dentes de serra que propiciam a ventilação), telhas de vidro para captar luz natural e estrutura metálica (viga, pilares e calhas). Além disso, foi mantido até hoje, mesmo depois de algumas reformas, o detalhe no piso da entrada em ladrilho hidráulico.

Completam a arquitetura, uma bela fachada com vão de janelas em arco batido, janelas em madeira com veneziana protegidas por grades de ferro, os óculos, a platibanda, a calha de ferro trabalhado e, acima do portal, as iniciais da fábrica (CFTC) gravadas. Do maquinário antigo, resta uma peça que fica em exposição em um dos salões do local.

Conheça a Fábrica Santa Amélia, ligada à Fonte das Pedras

Após falência, o prédio foi adquirido anos depois pelo Governo do Estado que instalou ali, depois de uma grande reforma, o Ceprama, em 20 de outubro de 1989. Outra reforma foi feita em 1998. Desta vez a área externa

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