Declínio e mudança - História Social e Econômica da Idade Média

Resenha: "Declínio e mudança: Renascimento e novos horizontes" In: História social e econômica da Idade Média. Ao analisar os séculos pré-existentes e posteriores a Peste Negra, Gerald Ã. J. Hodgett desenvolve uma narrativa que traça aspectos distintos que vão indagar sobre as reais mazelas oriundas dessa epidemia, dando ênfase a tantos outros fatores que como tal exerceram seu papel dentro desse período marcado por inúmeras transformações. Um período que para ele não pode ser estigmatizado ao declínio e estagnação, mas que requer a observância de novos traços sociais e econômicos, que introduzidos por distintas motivações acabam por florescer novos pensamentos e novas atitudes, que vão delinear a formação da modernidade. Entre os aspectos levantados pelo autor está a antiga perspectiva gerada pela historiografia de doar a Peste Negra ocorrida entre 1348-50, a razão do declínio da Baixa Idade Média, perspectiva essa que a pesquisa revelou ser errônea, posto que mesmo sendo responsável pelo decréscimo de um terço da população, estimativa mais aceita, não estava isolada, tendo como colaboradores desse processo de declínio outros fatores, como a pior condição climática do século XIV, que surtiu efeitos catastróficos sobre as colheitas numa retração agrícola, gerando a fome, que entre os anos 1314-17 já vinha matando muitas pessoas e diminuindo a força de trabalho, a pesada tributação em favor da guerra e em detrimento ao investimento na terra gerando maiores gastos a Coroa do que receita, fomentando um processo, que desviava o capital e minava o desenvolvimento agrícola durante décadas anteriores a epidemia, ou seja, para Hodgett o grande efeito da Peste Negra foi intensificar os processos já em curso, através da mortalidade, que consequentemente induziu a Europa a uma escassez de mão de obra, que por fim estabeleceu o declínio do feudalismo, o êxodo rural, que intensificou o estabelecimento de agrupamentos urbanos e a formação das cidades, a partir do