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Publicado por Pedro Migão em 18/11/2009
Resenha Literária - "Sangue Azul: Morte e Corrupção na PM do Rio"

Estarrecedor. Revoltante. Um soco no estômago.

Esta é a definição que eu daria para a realidade contada no livro alvo de nossa resenha de hoje. São histórias reais que nem o mais imaginativo roteirista ou escritor conseguiria imaginar.

"Sangue Azul: Morte e Corrupção na PM do Rio" é o relato de um soldado da Polícia Militar do Rio de Janeiro, feito ao roteirista Leonardo Gudel (Rede Record).

Como a orelha do livro deixa clara, apesar de nomes e locais terem sido trocados todos os fatos relatados são reais. Eu diria mais: com a sequência de livros que tenho lido sobre o tema, diria que é tudo realidade.

A história do livro é simples: soldado PM do Rio de Janeiro conta a sua história dentro da corporação, entremeado com momentos familiares entrelaçados.

A sequência mostra clara como ele entra na corporação, íntegro e disposto a servir - e aos poucos se transforma em um assassino, corrupto e ameaçado de morte. Na visão dele, esta transformação se deve a dois fatores:

1) À corrupção das altas esferas da política e da corporação;
2) Ao sistema policial e sua engrenagem;

Vamos a alguns exemplos de histórias contadas no exemplar:

1) Sargento tortura família de traficante: primeiro mata a filhinha, depois dá um tiro no ânus do bandido, que sangra até morrer assistido pela mulher e pela sogra. Com a morte após doze horas de agonia, ele mata as duas.

Tal fato ocorre na tomada do morro por uma milícia;

2) Após duas tentativas de prender o chefe de uma determinada localidade e ter sido obrigado a soltar por ordem da delegada da Polícia Civil e do Comandante do Batalhão, a guarnição o prende novamente e exige R$ 140 mil reais para a sua soltura - uma clássica "mineira". Adivinhem quem paga ? O comandante do próprio Batalhão, "sócio"

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