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Facebook não é só para as "fotos da festa de ontem", diz filósofo

Thiago Tufano - Direto de São Paulo

Facebook não é só para as fotos da festa de ontem: é o alerta do filósofo Pierre Lévy, ele mesmo um usuário do Facebook, do Twitter e de outras redes sociais. Porém, do jeito certo: "Eu leciono em uma universidade e uso as mídias na minha sala de aula. Ensino a maneira correta de usar essas ferramentas para intercâmbio de conhecimento, colocação (no mercado), etc. Para muitos alunos, o Facebook é só para colocar foto da festa de ontem e eu tento ensinar outras maneiras. Qualquer professor pode e deve fazer isso", completou o filósofo. Por trás das fotos da farra de ontem se escondem riscos às vezes desconsiderados pelos usuários, alerta Lévy. "A internet é um espaço público, sem restrições, mas com seus próprios perigos. As pessoas não podem esquecer disso. É preciso ter muita atenção ao que fazem na internet, porque tudo o que você grava é registrado. É muito particular (o uso da internet), mas a internet não é particular, não existe isso", enfatiza o escritor.

Censura não, bom senso

Apesar do alerta, Lévy dá a entender que pior do que ser livre demais seria não ter liberdade alguma: "se as pessoas querem se expor, elas têm o direito", acrescenta o filósofo. Quando questionado sobre um possível controle nas publicações da rede, Lévy afirmou aoTerra que é contra qualquer tipo de censura, porém é a favor do bom senso para que a inteligência coletiva - um dos conceitos centrais da sua filosofia - não seja cerceada.

"O único limite da internet é o respeito à lei e tudo que tem a ver com morte, pedofilia, raiva... Sou contra todo controle político. Tudo que tem a ver com conteúdo de conhecimento, por exemplo, artigos científicos, ou tudo o que foi criado com dinheiro público deveria ser de livre acesso na web, e isso não acontece", afirmou. Lévy, considerado um dos maiores nomes da filosofia da informação da atualidade, esteve hoje no R.I.A. Festival,

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