David Hume
Retrato de David Hume. Pintura de Allan Ramsay, 1766.
Seu pai era um fidalgo da aldeia de Chirnside, e dono de um sítio chamado Ninewells. Aos doze vai para Edimburgo junto com o irmão para estudar, adquirindo uma sólida formação cultural. Manifesta gosto pela filosofia e em 1734 vai para França, onde escreve a sua Investigação sobre a Natureza Humana, tratado considerado por muitos a sua melhor obra, apesar de ser muito jovem à época. Antes, entre 1763 e 1765, serve na França como secretário da embaixada inglesa. Ao ser nomeado bibliotecário do colégio de advogados de Edimburgo, escreve uma História de Inglaterra, que publica pouco a pouco. e que lhe rende alguma fortuna e fama. Ao falecer, revelou extraordinária tranquilidade diante da morte.
Na infância e parte da adolescência, Hume frequentava a igreja local da Escócia, regida por seu tio. Durante esse período, ele estudou um popular manual religioso calvinista chamado The Whole Duty of Man.
Com base nesses estudos iniciais, passou a questionar a noção do divino, formando assim, o embrião do inconformismo religioso, o qual carregou consigo durante toda a vida. Desse furor indagador, Hume desenvolveu escritos, como História Natural da Religião e Diálogos sobre a Religião Natural, além de artigos, originalmente suprimidos por influência do editor Andrew Millar (1707-1768) - em vista da polêmica que iriam suscitar -, como Do Suicídio e da Imortalidade da Alma. Esses dois ensaios foram originalmente escritos para figurar numa coletânea de ensaios chamada Cinco Dissertações. Com a substituição por um ensaio menos ofensivo intitulado,