David hume e a e a crítica do princípio da causalidade

1599 palavras 7 páginas
avid Hume e a crítica do princípio da causalidade

Todas as nossas ideias são cópias das nossas impressões. (D. Hume)

Para David Hume (1711-1776), nossos sentidos oferecem-nos apenas percepções, as quais não são capazes de nos remeter a qualquer coisa parecida com um objeto externo: nossos próprios corpos nos pertencem, é parte de nós, o que quer que nos apareça como externo a nossos corpos deve estar fora de nós mesmos. O que nossos sentidos nos revelam não é uma existência corpórea propriamente dita, mas apenas um conjunto de percepções, aos quais nossas mentes, atribuem uma existência corpórea. O mesmo ocorre, também, com sons, sabores e cheiros. Ainda que sejam vistas pela mente como características contínuas e independentes, não parecem existir em algum tipo de extensão e, portanto, não podem ser percebidas pelos sentidos como exteriores ao corpo. Não é o fato de certa impressão ser considerada involuntária, nem sua força ou sua vivacidade que fazem com que ela seja considerada contínua e independente. Prazeres e dores, paixões e afecções, operam com mais violência, por exemplo, que ideias como figura, extensão, cor e som, mas sempre consideramos que existem apenas enquanto percepções. Acreditamos, assim, na causalidade ou a uma tendência criada pelo hábito? A necessidade causal existe realmente nas coisas? Para Hume, a necessidade é algo que existe no espírito, não nos objetos. Não existe nenhuma impressão autêntica da causalidade, exclusivamente acreditamos nela. Poderia parecer, então, que é apenas o hábito que nos leva a atribuir a certas percepções o caráter de continuidade e de independência que as caracteriza – para nossas mentes – como objetos externos. E se assim fosse, haveria, certamente, uma enorme semelhança entre o processo pelo qual atribuímos a certos objetos o caráter de contínuos e independentes e aquele pelo qual estabelecemos as relações de causa e

Relacionados

  • Filosofia de hume
    1015 palavras | 5 páginas
  • A CRÍTICA DE HUME À CAUSALIDADE E SUA INFLUÊNCIA NA “REVOLUÇÃO COPERNICANA” DE KANT
    1420 palavras | 6 páginas
  • Em Virtude Da Relao Observada Usual Dizer
    1674 palavras | 7 páginas
  • David Hume
    2895 palavras | 12 páginas
  • Filosofia
    1429 palavras | 6 páginas
  • empirismo de david hume
    1087 palavras | 5 páginas
  • Hume
    7623 palavras | 31 páginas
  • David hume
    1258 palavras | 6 páginas
  • David Hume
    4363 palavras | 18 páginas
  • O ente e a essência
    802 palavras | 4 páginas