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712 palavras 3 páginas
GESTALTERAPIA

PARA QUE O AQUI E AGORA?
Amanda Marconi*

O nosso intuito nesse artigo será discutir a respeito de como a prática gestáltica pode viabilizar ao cliente ser sujeito de seu processo psicoterápico e, consequentemente, de sua vida. Com essa pretensão, trata o conceito do aqui e agora proposto pela Gestalt- terapia, e como ele se torna importante no resgate da subjetividade. A questão central é: como o aqui-e-agora promove a emergência da subjetividade?
O aqui-e-agora talvez seja um dos conceitos que mais caracteriza a terapia gestáltica e o menos entendido nos meios acadêmicos. É considerado de forma ingênua, estanque no sentido contextual e histórico, ou seja, presente, passado e futuro são percebidos desconectados. Esse tipo de interpretação desconsidera completamente o enfoque holístico que permeia essa abordagem. Pensar o processo de subjetivação conjugado ao conceito gestaltico do aqui-e-agora tem uma importância impar, pois atualmente se vive no contexto cultural no qual tudo é fast – a comida, as interpretações, o contato consigo mesmo. Polsters a Polsters (2001) salientam que o sistema cultural precisa de novos modos que estimulem as pessoas a experimentarem suas ações no presente. Tal estimulação é essencial, pois possibilita estar em contato com o que está acontecendo consigo mesmo de forma integrada, resgatando assim a condição constituidora de sua existência. Ressalta-se que, na experiência da Gestal-terapia, objetiva-se favorecer a manifestação da história em si, no presente. A possibilidade de que o cliente, por si mesmo, traga a sua história e a reexperimente no espaço em que se insere o aqui, é no tempo presente, o agora, é uma busca incessante. Então, ao contatar a história de vida, abre-se a possibilidade de configuração e de reconfiguração da sua trajetória, a qual abriga presente, passado e futuro, o que não implica a revogação do passado ou do

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