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812 palavras 4 páginas
RESENHA

Bruxas: figuras de poder
Zordan, Paola Basso Menna Barreto Gomes (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

Segundo Paola Basso, a figura da bruxa exprime alguns conceitos que o pensamento ocidental legou ao que se entende por feminino. O texto relata como a sociedade moderna era em relação às mulheres “diferentes” da época, e a visão da igreja católica/homens sobre elas, mas precisamente seu medo em relação a elas.
Ambígua a bruxa pode ser tanto a bela jovem sedutora como a horrenda anciã, aparentada com a morte.
As mulheres sofreram nesta época e foram alvos constantes. Toda expressão de poder por parte de mulheres desembocava em punição. Todas as práticas que envolviam a cura através de chás ou remédios feitos de ervas ou outras substâncias eram consideradas criminoso. As "bruxas medievais" que nada mais eram do que conhecedoras do poder de cura das plantas receberam um tratamento violento e cruel. Atribuíam-lhe tantas coisas ruins que o Malleus Maleficarum afirma que "seus atos são mais malignos que os de quaisquer outros malfeitores". As mulheres seriam falsas, lascivas, mal-intencionadas e sem força de vontade. Totalmente voltadas para a convivência com o demônio. Todas as artimanhas atribuídas às bruxas, sortilégios, encantamentos, adivinhações, práticas de sedução, voos noturnos, desembocam no ato carnal da junção de corpos e sexos ou na geração que lhe é conseguinte. Mulher fatal, mortífera, causa de perdição, a bruxa advém das antigas deusas, da Lilith hebraica, dos ritos dionisíacos e dos bacanais.
Participavam dos sabás rituais de sexo e luxúria, foram descritos como missas negras, nas quais os adeptos renegavam a fé cristã por meio do que a Inquisição supunha ser um arremedo das práticas católicas. As bruxas foram implacavelmente caçadas durante a Idade Média, depois de muitas torturas, sessões nas quais eram lhes imputados flagelos, acabavam por admitir as

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