Cólera

Os impactos da epidemia de cólera no Rio de Janeiro (1855-56) na população escrava: considerações sobre a mortalidade através dos registros da Santa Casa de Misericórdia

No ano de 1855 no Brasil da inicio a primeira epidemia de cólera morbo que matou por volta de 200.000 pessoas, dando inicio na província do Pará e alcançando Amazonas, Bahia, o flagelo teria chegado em Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco
Os primeiros casos de cólera foram dos escravos q tiveram contato com o navio São Salvador, sendo os escravos e a população mais pobre os mais atingidos poucos nas outras classes sociais.
O artigo utiliza fontes vindas dos arquivos da Santa Casa da Misericórdia no Rio de Janeiro, onde antes os sepultamentos eram feitos cemitério de São João Batista alguns casos de cólera passaram a ser feitos em terreno nos limítrofes da cidade, a 10 palmos do chão, sem ter recebido qualquer sacramento o que entre outras coisas gerava conflitos entre a população.
Os dados conseguidos dos óbitos enviado pelo cemitério São Batista, era em sua maioria pobres livres, escravos, estrangeiros livres e indigentes.
Foram feitas comparações entre as taxa de morte entre escravos e os livres, o que resultou em a principio um índice maior de óbitos dos livres do que os escravos (4432 livres e 4369 escravos sepultados). Porem durante o auge da epidemia, nos meses de setembro e de outubro, a mortalidade escrava excedeu a dos livres.
A cólera no principio recebeu varias denominações, entre elas como cólera morbus, cólera asiática, afecção reinante, febre reinante e epidemia reinante, gastro-entero-colite e peste de Marajó (devido ao vapor Marajó), o que mostrava o consenso medico ainda estava se estabelecendo.
Os enterros eram cobrados dos senhores proprietários dos escravos, já o gratuito conseguiam apenas aqueles que possuíssem atestado de pobreza ou senhores com poucos escravos porem muitos ainda foram jogados em valas por falta de tempo ou caixões.