Célula

666 palavras 3 páginas
Quando você quer descobrir como consertar aquele barulhinho do motor do seu carro, a quem você procura? A um mecânico, ou a um jornalista?

Quando você deseja saber qual o melhor remédio para essa infecção que tá deixando todo mundo com medo, quem te passa mais credibilidade? Um infectologista, ou um apresentador da MTV?

Quando você deseja acionar na justiça uma empresa que recebeu mas não entregou, quem você prefere para lhe aconselhar? Um advogado ou um ator da novela das oito?

Certamente você dará preferência ao mecânico, ao infectologista e ao advogado.

Mas e quando você quer se instruir sobre o fato inicial da vida humana e tomar uma posição a favor ou contra a destruição de embriões humanos, a quem você busca?
Tem muita gente por aí preferindo o jornalista, o apresentador da MTV e o ator da novela. Infelizmente. Nada contra eles, mas não são especialistas. Aliás, de um tempo para cá todo mundo se embestou a emitir opinião sobre esse assunto altamente técnico como se esses fatos fossem adaptáveis ao nosso campo de visão, como se tívessemos autoridade para tal. "A vida começa no 4º dia…no 18º dia…só depois que nasce…".

Pobres embriologistas, anatomistas, biólogos, autores de tratados médicos, nunca foram tão desprezados. A prova viva disso é a afirmação da Folha de São Paulo (!) abaixo:

"Nem a ciência nem a religião podem dar uma resposta satisfatória e universal sobre quando começa a vida -se na concepção, ao longo do desenvolvimento fetal ou no nascimento. A única alternativa é deixar que o direito estabeleça o ponto, que será necessariamente arbitrário. O conjunto dos cidadãos e cidadãs tem toda a legitimidade para fazê-lo". (Folha de São Paulo, Domingo, Abril 15, 2007)

Resta a Folha dizer exatamente qual ciência é essa que não está dando conta do recado, porque a ciência que eu pesquisei, dentro das maiores referências bibliográficas do assunto no mundo, já deram sim uma resposta muito bem dada e bem universal. Não parecem ter dúvida

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