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Em meados do século XV, surgia no sul da Espanha, um estilo musical diferenciado da música de outras culturas ocidentais européias: o Flamenco. Nascida na Andaluzia, a música flamenca é marcada pela forte influência cultural dos vários povos que habitaram aquela parte da Península Ibérica.
Árabes e mouros, judeus, hindus, conquistadores visigodos, o reino nativo de Tartessos, comerciantes gregos e fenícios, hebreus, os impérios romano e cartaginês, e os ciganos, todos ajudaram a enriquecer a música flamenca. Mas foi por volta de 1478, com a retomada cristã da Península Ibérica e com o advento do Tribunal da Inquisição, quando judeus e ciganos vão buscar refúgio nas montanhas e passam a conviver com os camponeses pobres, que surgem os primeiros elementos da cultura flamenca propriamente dita, como o cante (canto), a guitarra e o baile (dança).
A princípio, o flamenco era praticado apenas nas gitaneiras (acampamentos ciganos) e passado de geração para geração pelos clãs familiares patriarcais dos ciganos. Só no início do século XIX, a arte do flamenco sai da clandestinidade e conquista as cidades.
Os ciganos e os payos (não ciganos, na língua cigana caló), foram os primeiros artistas flamencos a se apresentarem em tabernas e albergues andaluzes, onde viajantes, comerciantes e prostitutas iam jantar e beber vinho. A paixão de seus intérpretes numa incandescência de palmas, vozes e sapateados encantavam o público, fazendo com que os cantaores (cantores) e bailaores (bailarinos), fossem chamados para se apresentarem em festas particulares e festivais flamencos para visitantes estrangeiros.
Por volta de 1850, surgem na Europa os cafés cantantes que consolidam e aumentam a popularidade do flamenco. O Café Los Lombarderos em Sevilla e em muitos outros cafés da Andaluzia e de Madri, eram constantes as apresentações de shows flamencos.
As três últimas décadas do século XIX foram consideradas a época de ouro do flamenco, quando as apresentações aconteciam não apenas em

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