Custos

O desempenho do agronegócio brasileiro depende também de um dos seus principais produtos, o café, e de acordo com o Ministério da Agricultura está crescendo em média 8% ao ano.

Com o aumento da nossa taxa de juros, o normal seria uma retração do mercado consumidor e no financiamento de nossa produção, o aumento da taxa de juros reflete diretamente em nossa demanda. Apesar do cenário crescente mundial no consumo, a oferta é decrescente, falta grão de café no mundo para suprir uma procura crescente pelo produto. A Colômbia e a África perderam safras devido a alterações climáticas, o que prejudicou o mercado e aumentou ainda mais os preços. Como a indústria repassou até agora apenas cerca de 7% do aumento ao produto, a tendência é que novas altas do produto ocorram até o final do ano.

A alta da inflação tem atingido diretamente a produção do café no Brasil, os resultados são sentidos diretamente no preço final da saca, pois até o preço final de venda do produtor tá bem abaixo do estipulado pelo governo atualmente. Os produtores querem garantias de venda ao governo, preço mínimo e a concessão de credito.

A taxa de cambio apesar de ser uma incerteza adicional, trazendo riscos de pressões inflacionárias, já é sentida em todas as cadeias de produção do produto. Mas também tem seu lado positivo, pois com a taxa de cambio alta, o mercado produtor pode aproveitar o momento para exportar, já que a commodities é valorizada. Mas é importante observar o movimento dos preços das commodities do café, que poderá anular ou potencializar a inflação do produto, quando compatibilizado com uma variação cambial.
A valorização do dólar frente ao real pode ajudar nossa produção, aquece nossas exportações de café, cotado em real, ganhamos em competitividade lá fora.
Outros mercados mundiais produtores também sofreram uma desvalorização da moeda, o que diminui também o ganho competitivo do nosso país, dificultando assim uma lucratividade maior na venda.

A incidência de