Currículo

Introdução

A reflexão sobre história do currículo está de alguma forma presente nos projetos político-pedagógicos das escolas, nas propostas dos sistemas de ensino, na teoria pedagógica, na formação inicial e permanente dos docentes. Isto acontece porque, baseado nas experiências vividas, pode-se projetar ou imaginar como poderá ser o futuro, não em exatidão, mas tendo-o como referencial para se produzir uma proposta educacional que possa de fato atender as necessidades dos alunos, afinal de contas, são eles que tomam lugar de centralidade em todo o processo educacional.

Currículo

Na etimologia básica do termo currículo, a palavra de origem é a palavra latinha Scurrere, correr refere-se a curso (ou carro de corrida). (GOODSON.1995). Na visão do autor o currículo é definido como curso a ser seguido, ou em outras palavras “apresentado”. Mas é importante salientar que se tratarmos o currículo apenas em termos etimológicos, acabamos não abrangendo os problemas sociais e de poder que de modo inerente fazem parte do currículo apresentado, ou do que se deve seguir. Afinal, seguir por quê? A favor de quê, de quem? Contra o quê, quem? Por que esses conhecimentos? Essas são as perguntas que devemos nos fazer ao estudar o currículo e sua configuração social, uma vez que, o currículo é um artefato social, logo é histórico, ou em outras palavras o currículo pode ser uma “tradição inventada”:
A elaboração de um currículo pode ser considerada um processo pelo qual se inventa tradição. Com efeito, essa linguagem é com frequência empregada quando as disciplinas tradicionais ou matérias tradicionais são aproximadas, contra alguma inovação recente sobre temas integrados ou centralizados na criança. A questão é que o currículo escrito é exemplo perfeito de invenção de tradição.
Segundo Goodson, se os estudiosos ignorassem a história e a construção social do currículo, mais fácil fica a mistificação e a reprodução de um currículo de base