Cunha, m. c., almeida, m. w.b. populações tradicionais e conservação ambiental, in cultura com aspas e outros ensaios. são paulo, cosacnaify, 2009 - fichamento

921 palavras 4 páginas
CUNHA, M. C., ALMEIDA, M. W.B. Populações tradicionais e conservação ambiental, in Cultura com aspas e outros ensaios. São Paulo, Cosacnaify, 2009

Sumário da ideia principal Os autores tratam do processo de construção da identidade de comunidades tradicionais e da sua relação com o ideário da conservação ambiental.

Citações

“Numa surpreendente mudança de rumo ideológico, as populações tradicionais da Amazônia, que até recentemente eram consideradas como entraves ao 'desenvolvimento, ou na melhor das hipóteses como candidatas a ele, foram promovidas à linha de frente da modernidade. Essa mudança ocorreu basicamente pela associação entre estas populações e os conhecimentos tradicionais e a conservação ambiental. Ao mesmo tempo, as comunidades indígenas, antes desprezadas ou perseguidas pelos vizinhos de fronteira, transformaram-se de repente em modelos para os demais povos amazônicos despossuídos.” (277) “Não deixa de ser notável o fato de que com muita frequência os povos que foram forçados a habitar essas categorias (anteriormente citadas: 'índio, indígena, tribal, nativo, aborígene e negro') tenham sido capazes de se apossar delas, convertendo termos carregados de preconceitos em bandeiras mobilizadoras” (278) “No início a categoria (populações tradicionais) congregava seringueiros e castanheiros da Amazônia. Desde então expandiu-se, abrangendo outros grupos que vão de coletores berbigão de Santa Catarina a babaçuseiras do sul do Maranhão e quilombolas do Tocantins. Todos esses grupos apresentam, pelo menos em parte, uma história de baixo impacto ambiental e demonstram, no presente, interesse em manter ou em recuperar o controle sobre o que exploram. Além disso, e acima de tudo, estão dispostos a uma negociação: em troca do controle sobre o território, comprometem-se a prestar serviços ambientais.”(p.279) “O fato de essas terras (terras baratas dos antigos seringais no Acre) não terem títulos legais fazia com que a primeira iniciativa dos

Relacionados