Cultura de tecidos in vitro
Engenharia Agronômica
Cultura de Tecidos in vitro
Alisson Wilians. Jaqueline Modena.
Inconfidentes - 2013
RESUMO
A cultura de tecidos e uma técnica com alto potencial de aplicação no melhoramento vegetal, podendo ser utilizada desde a multiplicação de material genético, para a troca e a avaliação de germoplasma, até a produção de mudas livres de vírus. A teoria de totipotencialidade foi formulada por Matthias Schleiden e Theodor Schwann, em 1838. Sua teoria afirma que a célula é autônoma, ou seja, contém o potencial necessário para originar um organismo, uma planta completa. Nessa técnica pequenos fragmentos de tecido vivo, chamados explantes, são isolados de um organismo vegetal e cultivados por períodos indefinidos em um meio de cultura apropriado. O objetivo é obter nova planta idêntica à original, ou seja, realizar uma clonagem vegetal de modo a obter um novo indivíduo, mantendo-se o genótipo idêntico ao do ancestral comum. A técnica da clonagem in vitro de plantas é conhecida também como micropropagação. A micropropagação é, portanto, uma forma rápida de multiplicar uma determinada planta, ou genótipo, que apresente características agronômicas desejáveis.
A micropropagação tem demonstrado grande importância prática e potencial nas áreas agrícolas, florestal, na horticultura, floricultura, bem como na pesquisa básica. A multiplicação in vitro de plantas de importância econômica, em larga escala, tem resultado na instalação de verdadeiras “fábricas de plantas”, as chamadas biofábricas comerciais, baseadas no princípio de linha de produção.
Dentre as vantagens da micropropagação podem ser citadas a rapidez na produção de um grande número de mudas. A partir de uma planta de bananeira, por exemplo, podem ser obtidas através da micropropagação aproximadamente 100 mudas, no prazo de 8 meses. Em condições de campo são