Cultura da calaburra

IPEF: FILOSOFIA DE TRABALHO DE UMA ELITE DE EMPRESAS FLORESTAIS BRASILEIRAS

ISSN 0100-3453 CIRCULAR TÉCNICA No 93 Fevereiro/1980 PBP/1.15.2 ESPÉCIE FLORESTAL PARA ALIMENTAÇÃO DE FAUNA SILVESTRE Admir Lopes Mora* Gilmar Bertoloti* João Walter Simões** INTRODUÇÃO A calabura, Muntigia calabura L., pelo seu rápido crescimento e intensidade de frutificação, despertou grande interesse, ao setor de Manejo de Fauna e Áreas Silvestres, como uma espécie de enriquecimento da flora. A calabura ou pau-seda, espécie originária das Antilhas e com frutos apreciados pelos pássaros e peixes, foi introduzida no Brasil pelo I.A.C. – Instituto Agronômico de Campinas, em 1962, a partir do Egito. Sabe-se também que cada fruto, com 1,6 cm de diâmetro, pode conter, em média, 4.450 sementes e que um grama de sementes limpas e secas contém aproximadamente 44.500 unidades. 2. PRODUÇÃO DE MUDAS Pelo fato de apresentar um tamanho diminuto, existe dificuldade para a propagação dessa espécie. Diante deste problema foram efetuados diversos tipos de semeadura, sendo que a melhor resposta obtida, em termos de produção de mudas, foi a hidrosemeadura (com uma

*

**

Engenheiros Florestais - IPEF Professor Adjunto do Depto de Silvicultura – ESALQ/USP

solução de 10 frutos dissolvidos em 200 ml de água para 600 cm2), aplicando-se o método convencional para produção de mudas de eucaliptos em alfobre, com a posterior repicagem. Uma outra alternativa, e também com pleno sucesso, é a propagação vegetativa por estaquia. Utilizando-se um substrato de 50% de areia média e 50% de vermiculita, com tratamentos homonais de A.I.B. (2000 ppm) na base das estacas e com irrigação por nebulização intermitente obteve-se ótimos resultados. 3. PLANTIO As mudas produzidas, tanto por semeadura como por estacas, foram plantadas na Estação Experimental de Recursos Naturais Renováveis – Anhembi – SP., em consorciação com a peroba rosa (Aspidosperma polyneuron). Essa experimentação tem como objetivo principal