Cultura Colonial E Referencia Da Igreja

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A IGREJA NO BRASIL COLÔNIA O Estado português controlava a Igreja através da Lei do Padroado, que submetia o clero à autoridade estatal, bem como, permitia que o rei criasse bispados, nomeasse seus bispos e arrecadasse o Dízimo. Além disso, pagava gratificações ao clero, construía os templos e fornecia toda a infra-estrutura para o funcionamento da Santa Inquisição, que, em Portugal e suas colônias, perseguia principalmente os judeus e cristãos-novos (judeus convertidos ao cristianismo), pois julgavam que estes últimos apenas fingiam ter se convertido. Toda a ação da Igreja foi de apoio ao processo de conquista e colonização do Brasil. Muitos grupos de sacerdotes vieram para cá, mal se deu o “descobrimento”. Merecem destaque os carmelitas e, principalmente, os jesuítas, que eram os responsáveis pela educação da aristocracia rural e pela catequização dos índios, feita nas Missões ou Reduções, que visava não só o ensino do catolicismo para aquisição de novos fiéis, como também para eliminar a cultura indígena e facilitar sua dominação. Os jesuítas foram os que mais lutaram contra escravização dos índios, mas usavam-nos como mão-de-obra gratuita, inclusive para a aquisição das drogas-do-sertão. A religião praticada pela população nesse período foi marcada pelas reminiscências da religiosidade popular européia e pelas contribuições culturais dos negros e dos índios, o que não agradava ao clero católico. Para combater as chamadas “impurezas da fé”, eram freqüentes as Visitações do Santo Ofício (Inquisição). Aliás, as regiões do Maranhão, de Pernambuco, da Paraíba, do Grão-Pará e da Bahia, foram as que mais receberam as Visitações, devido à grande presença de índios, negros, e também de judeus e cristãos-novos, que vinham para cá com o objetivo, muitas vezes, de manterem secretamente sua religião, o judaísmo. Apesar da violência, essas ações nunca conseguiram eliminar o sincretismo religioso, principalmente por parte dos negros escravos.

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