Cultura Cigana

1902 palavras 8 páginas
– A influência dos ciganos na música e nas danças populares brasileiras é maior do que imaginávamos até agora
Os calon constituem uma das quatro principais populações designadas genericamente como “ciganas” em solo europeu (além deles, há os rom, os sinti e os manush), e chegaram a Portugal em levas sucessivas pouco antes de 1450. Perseguidos, foram proibidos de “ter traje ou vestimenta” diferenciada, morar em número superior a dois casais na mesma rua, viver como nômades, exercer ofício de ambulante ou comerciante de cavalos, ler a sorte e falar sua língua. Em muitos casos, a deportação para as colônias substituía a pena de trabalho forçado nas minas. Uma dessas decisões beneficiou João de Torres, considerado o primeiro calon a chegar ao Brasil, em 1574.
O primeiro assentamento de que se tem notícia no Rio de Janeiro ficava no alagadiço logo conhecido como Campo dos Ciganos — onde mais tarde seria a Praça Tiradentes. A comunidade se estendeu, no século XIX, até as ruas de Sant‘Ana e dos Ciganos, esta posteriormente rebatizada de Rua da Constituição. Como seus membros passaram a trabalhar como oficiais de justiça e a se dedicar ao comércio de escravos, a comunidade se transferiu para o Valongo — para ficar próxima ao mercado — e a Cidade Nova. Com a abolição da escravatura, eles se instalaram no local do atual bairro do Catumbi, onde ainda residem remanescentes da comunidade original.
Em 1995, registramos uma festa denominada pelos calon de bródio. Realizada no bairro do Catumbi, na residência de Altamiro Sampaio, oficial de justiça aposentado, foi organizada coletivamente em homenagem a Jaime Duarte, bacharel em Direito e autorizado de um cartório de notas da cidade.
O bródio se inicia com o discurso do homenageado louvando o dono da casa e o violeiro Oscarino, delegado de polícia aposentado, que, “com a magia de sua voz e de seu toque, nos conduz a uma viagem serena ao passado, nos trazendo sempre para o presente”. A casa está enfeitada com palmas e flores

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