Cuba e a crise dos mísseis

1124 palavras 5 páginas
INTRODUÇÃO

Um dos momentos mais quentes da Guerra Friaquase levou o mundo a um longo inverno nuclear. Durante treze dias em outubro de 1962 a humanidade assistiu a uma disputa entre Estados Unidos, União Soviética e Cuba que por muito pouco não acabou em ataques com bombas atômicas e na extinção da espécie humana (e de quase todas as outras) da face da Terra. O motivo desse cenário de horror e holocausto era a intenção de Cuba e União Soviética de instalar bases de lançamentos de mísseis com armas nucleares em território cubano, isto é, a menos de duas centenas de quilômetros da costa norte-americana.

A crise dos mísseis em Cuba foi um arriscado epílogo de uma série de capítulos que começou três anos antes. A revolução cubana que levou Fidel Castro ao poder em 1959, a recusa dos Estados Unidos em aceitar o novo governo cubano e a consequente aproximação política, econômica e militar da ilha caribenha da comunista União Soviética, as tentativas norte-americanas de derrubar Castro do poder, como na desastrada invasão da baía dos Porcos em 1961, e, no mesmo ano, a instalação de mísseis nucleares americanos na Turquia, que podiam atingir Moscou em menos de vinte minutos, construíram um roteiro de confrontos entre as duas então superpotências que poderia ter um fim apocalíptico.

Apesar das ameaças e manobras militares que aconteceram durante a crise, foram as variáveis políticas que determinaram o seu desfecho. Os líderes das duas superpotências na época - o presidente norte-americano John Fitzgerald Kennedy e o primeiro-ministro da União Soviética Nikita Khrushchev - não queriam tomar decisões radicais, mas estavam sob fortes pressões políticas domésticas e tinham de adotar posições que preservassem o status de superpotência de seus respectivos países. Além disso, tinham de lidar com informações imprecisas, militares e políticos linha-dura dispostos a atacar primeiro e a necessidade de não demonstrarem frouxidão para manterem-se no

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