Crônia Maluf

296 palavras 2 páginas
­­­­Crônica Maluf
Por Gabriel Costa

Uma coisa não podemos negar, Maluf é bom no que faz. Quem se importa que ele seja procurado pela Interpol podendo ­ser preso em 181 países? Ou que foi preso pela polícia federal em 2005 sob denúncias de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, corrupção e crime contra o sistema financeiro? Quem realmente se importa que há dois anos atrás, empresas ligadas ao larápio tenham sido condenadas a devolver o irrisório valor de 56 milhões de reais aos cofres públicos de São Paulo? Quem se importa com as origens políticas dele? Como seu partido natal, o Arena, o partido da aliança nacional. O que é aliança nacional? Um pleonasmo para ditadura e regime militar. Quem se importa? O povo? A julgar pelos quase 500.000 votos que recebeu em 2010, quando se elegeu pela terceira vez a deputado federal; não.
Maluf é um bandido que o povo gosta, ele nem precisa se esconder, dizer que não fez isso ou aquilo, a gente se conforma com o: acusado sim, condenado não; que o ex-prefeito da maior cidade do país tantas vezes, impavidamente clamou.
Quanto carisma! Maluf desperta no brasileiro o dom do perdão. Com essa última, pela qual será investigado pelo Supremo Tribunal Federal sobre um caixa dois, já são seis eleições que Maluf vence. É como aquele amigo, que se senta à mesa do bar, se empanturra de petiscos, bebe sem parar e conta uma ­história pra nunca pagar a conta, mas mesmo assim nós amamos. Se isso é o que chamam de política aqui no Brasil, sim, Maluf é muito bom! Quanto deu dessa vez? 126,5 milhões? Pendura Maluf, que essa é por conta da casa!

Relacionados