Críticas à escola cultura e personalidade

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A escola Cultura e Personalidade passou a ser fortemente criticada a partir da década de 1950, por expoentes das tradicionais correntes de pensamento britânica, francesa e americana. Radcliffe-Brown, por exemplo, rejeitou a noção de “abstração vaga. Lévi-Strauss via a cultura como possuidora de características distintas que seriam caracterizados de acordo com cada sistema cultural. Seguindo essa linha, os críticos argumentaram que a relação entre cultura e personalidade foi usada de forma bastante simplista. A concepção de que os elementos constituintes tanto da cultura como da personalidade são homogêneos ou uniformes, a subestimação de fatores externos na formação e desenvolvimento de ambas, além da enorme ênfase dada à harmonia de traços universais da personalidade encontrados em qualquer cultura, são alguns dos pontos principais dessa visão contrária a escola personalista. Tais fatores ofuscariam relações concretas estabelecidas entre diferentes culturas, determinariam cultura como objeto inerente ao ser e não como constructo social. Assim, a escola personalista usou de forma irresponsável testes psicológicos e entrevistas em estudos antropológicos e não pôde elucidar evidências suficientes no sentido de interpretar ligações e continuidades que existem, por exemplo, entre o modo de criação dos filhos com traços de personalidade na fase adulta. Alfred R. Lindesmith e Anselm L. Strauss (1950) reforçam a crítica quanto à importância dada por Benedict e Mead às descrições de configurações culturais e tipos de personalidades, marginalizando explicações de ordem biológico-genéticas ou conceitos psicanalíticos. No entanto, como afirmam Lindesmith e Strauss, grande parte da escola havia sido marcada por um equilíbrio no qual se fazia um uso disperso, às vezes incoerente da psicanálise Freudiana em conjunto com idéias da sociologia ou antropologia americana. Tendo por base os cinco preceitos básicos do cultural-personalismo, definidos por

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