Críticas ao modernismo para Projeto I

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Para focarmos em que os autores dos textos estudados na disciplina de Teoria I nos ajudaram na construção do projeto, vamos, primeiro, situar qual a área de estudo do GE08 para podermos aplicar, com mais precisão, os conceitos dos autores. A área de intervenção se estende desde a Praça Quitéria até os fundos da Igreja do Rosário, no bairro da Várzea (Anexo A). É uma área de predominância residencial com uma praça deteriorada e espaços potenciais à revitalização e criação de espaços de convivência.
Constatamos no local o que Jane Jacobs descreve em seu livro “Morte e Vida das Grandes Cidades” como “A Grande Praga da Monotonia”. O lugar é pouco movimentado, tanto em relação aos veículos como em relação às pessoas e, consequentemente, muito monótono. Tal fato se dá por não possuir condições físicas de funcionar com a segurança e a decorrente vitalidade que cenário urbano requer. A movimentação que acontece é escassa e se restringe basicamente aos frequentadores de um bar e uma academia, uma vez que os moradores não saem muito à rua justamente pela sensação de insegurança causada pela ausência de pessoas circulando pelo local. Como diria Jane Jacobs, a ausência de "olhos na rua" é a responsável pelo desconforto psicológico, o qual traz insegurança aos transeuntes.
Quando Jacobs utiliza o termo "olhos pra rua”, significa que os edifícios devem ser voltados para a rua, havendo uma interação entre ambos. Janelas, varandas e gradeamentos são alguns elementos que contribuem para que o contato dos prédios com a rua aconteça. Porém, a realidade na área é justamente o oposto: dois conjuntos habitacionais existentes na rua se isolam, deixando de garantir a segurança mútua e natural da rua, citada inúmeras vezes por Jacobs. O que nos remete, também, ao conceito "prisioneiro voluntário da arquitetura" de Rem Koolhaas, o qual refere-se aos condomínios que segregam pessoas, fortemente criticados pelo New Urbanism.
Para Jacobs, a ordem pública não é mantida somente pela polícia,

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