Crítica reflexiva sobre as proposições curriculare da EJA.

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Crítica reflexiva sobre as proposições curriculares da EJA.

A história do Brasil foi marcada por diversos programas dos governos sem um verdadeiro comprometimento com a educação de jovens e adultos, só nos últimos anos que está sendo valorizada essa modalidade de ensino que visa resgatar essa dívida social e dar oportunidade de estudos às pessoas que não tiveram acesso ou continuidade ao ensino na idade própria, assim como, prepará-las para a vida onde possa conviver em seu meio social de uma forma mais crítica e cidadã. Com as mudanças na Constituição de 1988, que legitimam o direito à Educação Básica para os indivíduos em qualquer idade, e com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, que, em 1996, passa a assegurar o direito a uma educação plena aos jovens e adultos, o ensino das disciplinas passa a demandar a elaboração de projetos pedagógicos que atendam às especificidades dos estudantes da EJA. A literatura e os profissionais especializados em ensino de Ciências para esta modalidade são, entretanto, escassos. Esta carência implica a necessidade de adaptações de propostas, materiais educativos e metodologias de ensino criadas para atender aos objetivos do Ensino Regular.
Barreto (2006) define o perfil do aluno da EJA, afirmando que o perfil atual dos alunos das classes de EJA, que todos possuem uma experiência com o mundo da escrita ou porque já passaram pela escola, ou por causa de seus filhos ou do mundo do trabalho. Vivendo numa sociedade letrada, os jovens e adultos não alfabetizados têm conhecimentos sobre os usos e o funcionamento da escrita. (BARRETO, 2006, p.36)
Em PEDAGOGIA DO OPRIMIDO, Freire aponta essa realidade reconhecendo que o analfabetismo não é uma questão somente pedagógica, mas também social e política:
Quem, melhor que os oprimidos, se encontrará preparado para entender o significado terrível de uma sociedade opressora?
Quem sentirá melhor que eles, os efeitos da opressão? Quem?
Mais que eles

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