Crítica do filme Azul é a Cor mais quente
Azul é a Cor mais quente
O longa-metragem de quase 3 horas de duração começa logo com uma cena de sexo, o que pode espantar o espectador mais puritano. Aliás, não é só no começo que cenas assim estão presentes ao decorrer do filme elas são usadas não para banalizar ou chocar, mas para mostrar a intensidade. Sim, intensidade essa que se faz presente durante os anos áureos da existência de um ser humano, sua juventude também denuncia a difícil e conflitante passagem da adolescência à vida adulta.
Adèle (Adèle Exarchopoulos) é uma menina que vive os conflitos comuns a todo adolescente, onde se faz necessária uma busca por formar sua próxima personalidade identidade própria está presente uma constante preocupação em descobrir-se. Com a cabeça cheia de incertezas e pipocando em dúvidas ela conhece Emma (Léa Seydoux), uma artista plástica de cabelos azuis. As duas se envolvem em um relacionamento intenso.
A moça de classe média, que ainda está no Ensino Médio e que janta com o pai e a mãe após um dia exausto de estudo, o prato sempre preparado é o macarrão. O longametragem tem como ponto positivo a duração, pois permite ilustrar com cenas quotidianas, como um jantar em família, a construção da personagem principal.
Ao contrário de Adele, Emma estudante universitária, possuí uma família mais moderninha morando na casa com o padrasto e a mãe. Sua família é a representação da pósmodernidade “Cult”, liberal e “mente aberta”. Ao ir pela primeira vez a casa de Emma, Adele é recepcionada com um jantar estilo gourmet, que foi devidamente preparado pelo padrasto da namorada, que é como se fosse um aprendiz de Cheff. O prato do jantar? Ostras... Não preciso nem comentar que a mocinha passou vergonha na hora de comer a iguaria. Porém na casa da namorada a cena é completamente o oposto revelando o contraste social em que as duas vivem. O pai e mãe da Adele recebem a artista plástica em sua casa achando que ela e sua filha são amigas e que Emma