Crítica aos PCNs, na área de História

As questões colocadas por Sônia Kramer foram debatidas ao longo da leitura dos Parâmetros Curriculares Nacionais para a disciplina de História :sobre os autores da proposta, sobre o texto da proposta, sobre os leitores a que se destina. Acerca disso fizemos uma crítica permeando esses aspectos.

Os PCNs vêm como a alternativa principal para uma reviravolta no sistema educacional nos anos 1990. Ela se torna mais evidente nas políticas educacionais no governo FHC (1994-2002), depois de uma longa batalha para sua estabilização desde o mandato de Collor e Itamar Franco. Lado a lado com o PNLD, os Parâmetros Curriculares de 1998* pretendem atender a um contexto Neoliberal, onde estatísticas e diagnósticos em níveis mundiais exigiam uma reação brasileira frente aos problemas e deficiências na sua educação, onde taxas de analfabetismo, de evasão escolar e de graves índices nas avaliações eram tão exorbitantes que não poderiam permitir um up para o crescimento pretendido do país pelo governo. Claro que por trás de tanta preocupação nesse âmbito, vale destacar que através dessas políticas universais Neoliberais onde o Brasil se envolvia frequentemente, participando de Conferências e Comissões Mundiais e promovendo conferências dentro de seu próprio território nacional, assinando acordos e diretrizes, permitia-se assim, que houvesse um investimento estrangeiro por parte do Banco Mundial, UNICEF/UNESCO e afins. Inevitavelmente isso delimita a essas instituições internacionais uma margem para obter controle e definir diretrizes, tanto de cunho econômico, mas de acordo com o que está sendo discorrido aqui, na educação brasileira. Porém o cerne da questão é que, em todas essas reuniões internacionais sobre a situação educacional em suas diversas facetas, se discutia sobremodo suas deficiências e alternativas para resolver o descaso, para que o cenário econômico seja beneficiado e evolua. E em contrapartida, não se discutia o próprio sistema capitalista