Cronica de Veríssimo

A crônica de Veríssimo refere-se à fatos históricos que ocorreram na Inglaterra no fim do Século XIX. Neste período o imperialismo adotado pelo país em relação às suas colônias era muito forte. Na Índia, por exemplo, o processo de exploração era tão intenso, que a Inglaterra barrava qualquer tipo de produção indiana que pudesse concorrer com a poderosa indústria inglesa. Assim, a Índia passou a produzir chá, para a Inglaterra, e ópio, para a China. Com uma economia comprometida pelos abusos dos ingleses, o dinheiro ganho com a produção de chá e ópio não eram suficientes para manter os indianos, que morriam aos montes de fome e de doenças causadas pela precariedade do ambiente em que viviam.
Com o passar do tempo, os chineses perceberam que comprar o ópio da Índia já não era mais viável, pois milhares de chineses estavam morrendo por conta do uso da droga. Sem os chineses para comprar o ópio, a economia indiana entraria em colapso, e para evitar que isso acontecesse a Inglaterra veio a intervir de modo a tentar obrigar os chineses a continuarem comprando ópio da Índia. Os ingleses, graças ao seu forte poder bélico, conseguiram “convencer “ a China a continuar comprando ópio, e a Índia pôde continuar a produzir o chá dos ingleses. Daí surge um ponto de ironia no texto de Verissímo na passagem do texto que diz “ Imaginem se fosse ao contrário. O que você estaria nos servindo hoje, Millicent?”, ou seja, se fosse o contrário os ingleses é que consumiriam o ópio, e já que o consumo da droga é prejudicial, eles empurraram para a China, sem se importar com os malefícios que ela traria para o país.
Já o açúcar, na crônica, faz menção à dominação de Portugal em relação ao Brasil, e de como o tipo de exploração portuguesa fez com que a demanda de negros escravos aumentasse, aumentando também os maus tratos, o preconceito e o número de mortos por maus tratos, principalmente nos engenhos de açúcar.
Assim, podemos ver na crônica uma crítica às nações que mantinham um