Cromatografia papel

A cromatografia em papel (CP) é um método de separação em que é realizada num papel, plano, como suporte – o papel funciona apenas como um suporte, sendo inerte na separação da mistura – para a fase estacionária ser posta (ou absorvida). Considerando a fase móvel, a CP é classificada como líquida - devido ao estado físico do eluente e também da fase estacionária. Durante a prática, foram preparadas 30 mL do par de solvente para o sistema de eluição, nas proporções de acetona e água 1:0, 1:1, 1:4 e 2:3. As soluções foram postas em cubas cromatográficas que continham um papel de filtro cuja utilidade era saturar o ar do recipiente. A saturação faz com que haja um equilíbrio vapor-líquido da fase móvel, caso contrário, o solvente que ascende pelo papel irá evaporar para saturar o ar interno da cuba, podendo afetar a corrida cromatográfica. Os papeis utilizados foram cortados nas dimensões 3,0x9,0 cm e foi feita as demarcações da aplicação da amostra (a 1 cm da extremidade inferior) e da frente da fase móvel (a 1,5 cm de distância da extremidade superior do papel). Em seguida foram aplicadas as marcas das canetas na linha de aplicação, pondo o papel em seguida nas cubas. Ao pôr o papel na cuba cromatográfica, foi observado se a linha de aplicação não seria subposta a linha do par de solventes. Se o solvente embebesse a amostra aplicada, esta poderia solubilizar-se e prejudicar a eluição. Como já citado, o papel atua de forma inerte sendo apenas como um suporte para a fase estacionária, que no caso do par de solvente utilizado será a água. “A celulose é constituída por duas mil ou mais unidades de glicose anidras (vide figura abaixo), ligadas por átomos de oxigênio; um líquido polar como a água tem uma grande afinidade com as hidroxilas de cada glicose, formando ligações de hidrogênio, ficando retida e funcionando como fase estacionária, e os líquidos menos polares são repelidos por esta estrutura e funcionam como fase móvel”. (BRAGA, Gilberto Leite, 2006).