Critica A Ilha Desconhecida

Quando comecei a ler o conto a Ilha desconhecida fiquei sem entender porque não conseguia visualizar o que o autor estava narrando, e sim a parte burocrática de nosso país quando se precisa dar entrada em alguma solicitação no serviço público, que passamos por uma, duas ou três portas, sendo exigidos diversos documentos, e sendo enviado para várias mesas falando com um, outro que falará com outro até que após vários empurra, empurra, vários dias de espera, conseguimos resolver, “ou não”.
Com a continuação da leitura aí sim comecei a visualizar a verdadeira estória e comecei a refletir sobre as indicações do nome das portas, por exemplo: “porta das petições” para aqueles que por algum motivo precisavam pedir; “porta dos obséquios” para o rei, oportunista e interesseiro, que ficava no bem e bom aguardando que lhe dessem algo sempre, e finalmente a “porta das decisões” que foi muito importante para a mulher da limpeza quando resolveu atravessá-la sabendo que aquela atitude mudaria de vez a sua vida e em uma fala especial dela que me fez pensar sobre as minhas portas: “porque as portas que eu realmente queria abrir já foram abertas e porque de hoje em diante só limparei barcos”.
A atitude da mulher da limpeza ao sair pela porta das decisões e mudar de vez a sua vidinha, a fez levar consigo uma vassoura, que lhe bastou para espantar as gaivotas ao atravessar a prancha para o barco. Nada mais é que desta vida tudo que vivemos é importante e alguma coisa que trazemos dessas portas que decidimos atravessar, nos será útil algum dia, talvez para enfrentarmos alguns obstáculos apresentados nesse novo caminho.
Essas atitudes tomadas momentaneamente nos fazem descobrir a nos mesmos, buscar o sentido de nossa própria existência, ser o capitão de nossa própria viagem. Esse conto tem diversos pontos para se refletir sobre nossas decisões em nossa vida tão conturbada de hoje em dia. Este conto também, tem um engajamento crítico com a problemática social, pois utiliza