Cristalografia

3 Revisão bibliográfica

3.1 Cristalografia de macromoléculas1,2

A estrutura cristalográfica de uma macromolécula pode ser obtida através da análise do padrão de difração produzida por seus cristais. Essa análise constituída inicialmente de uma purificação de proteína com alto grau de pureza e termina com o refinamento e finalização da estrutura protéica em sim, como segue no esquema da Figura 5.

Figura 1: Passos para a obtenção da estrutura de uma macromolécula.

3.1.2. Purificação e cristalização de macromoléculas1,2

Macromoléculas são extraídas de complexas misturas biológicas, tais como as células, logo, a purificação é um passo importante para posterior realização de cristalização da macromolécula de interesse, uma vez que a baixa pureza da macromolécula biológica é a causa mais comum da falta de sucesso na cristalização da mesma. A cristalização é a parte mais difícil quando pretendemos determinar a estrutura de uma macromolécula, pois a formação de um monocristal de tamanho e qualidade adequados para os experimentos é dependente de parâmetros como: pH, temperatura, agente precipitante, solubilidade, entre outros. Devido ao fato que proteínas e ácidos nucléicos necessitam pH e força iônica definidas para a sua estabilidade e função, cristais de macromoléculas biológicas têm de ser crescidos a partir de soluções aquosas complexas. A característica fundamental de um cristal de proteína é a sua estrutura interna, a qual se encontra tridimensionalmente ordenada e periódica, onde suas moléculas se encontram empacotadas e unidas por meio de interações não-covalentes.

Figura 2: Representação de uma cela unitária e suas arestas a, b, c e seus ângulos α, β, γ constituintes.

Assim um cristal é constituído por minúsculas unidades simétricas repetidas nas três dimensões do espaço real, as quais são denominadas de celas unitárias e são caracterizadas por três vetores a, b, c e três ângulos α, β, γ definidos como mostrado na Figura 6.
A integridade de