crise da água

O sistema implantado pela Fibria em Três Lagoas espelha o avanço das últimas décadas. A fabricação da celulose é realizada em circuito fechado. Ou seja, nenhum resíduo gasoso ou líquido sai da fábrica sem antes ser tratado. Um dos contaminantes é o licor negro, um subproduto do cozimento do eucalipto no digestor, o coração da linha de produção. Parecido com um foguete da Nasa, esse equipamento funciona como uma panela de pressão gigante, onde os pedaços de madeira são cozidos com produtos químicos em altíssima temperatura. Antes desperdiçado como lixo, o licor negro é reprocessado para voltar como insumo no digestor e também reaproveitado como fonte de energia. “Essa fábrica gera toda a energia de que necessita”, afirma André Leonardo Leite, funcionário da Fibria. Além disso, como determina a legislação, a empresa instalou uma estação de tratamento de esgoto. Depois de tratado, o resíduo líquido é despejado no rio Paraná, cinco quilômetros acima de onde a Fibria se abastece de água.
Três Lagoas - O consumo sustentável de energia e água, no processo de produção de celulose, tem alcançado conquistas significativas. As empresas investem a cada dia em novas tecnologias para produção limpa e tratamento de efluentes gerados durante o processo.
É o caso da Fibria, líder mundial na produção de celulose de eucalipto, com capacidade produtiva de 5,25 milhões de toneladas anuais de celulose, nas fábricas localizadas em Três Lagoas (MS), Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Eunápolis (BA), onde mantém a Veracel em joint venture com a Stora Enso.
A unidade industrial de Três Lagoas tem capacidade para produzir 1,3 milhão de toneladas de celulose por ano, em uma única linha de produção, e o consumo de água foi apontado com um dos principais temas de matriz de materialidade da Fibria. Segundo o Relatório de Sustentabilidade 2011, para a empresa reduzir o consumo de água no processo de fabricação de celulose é também um dos mais importantes desafios ambientais da empresa.
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