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1.

A criatura estava sentada, ereta como um cachorro, e era negra, lisa e brilhante; seus ombros chegavam a altura da cabeça de um homem adulto; as patas dianteiras, sobre as quais se apoiava, pareciam árvores jovens, e os cascos que descansavam no solo eram largos como os de um camelo. A enorme barriga branca era redonda, e por cima de seus ombros se elevava, muito alto, o pescoço semelhante ao de um cavalo. Sua cauda longa era peluda e seu porte nas quatro patas, não era menor que o de um elefante. Seu canto alegre era lendário.

2.

A criatura é um perigoso habitante dos mares. Sua forma é de uma pedra rugosa e da a impressão de estar coberta de areia; os marinheiros que o vem pensam que é uma ilha. Amarram seus navios da alta proa à falsa terra e desembarcam sem temer nenhum perigo. Quando acampam e põe-se a dormir, a criatura submerge no oceano seguindo as profundezas levando tudo e todos consigo. Também costuma exalar uma doce fragrância de sua bocarra que atrai os outros peixes do mar.

3.

A criatura reside nas florestas alpinas da Bavária. Seu corpo lembra o de um pequeno esquilo ou de uma lebre, mas suas presas, sua galhada e suas asas como as de um morcego o distinguem de seus colegas roedores. Apesar de ser geralmente pacifico, a criatura pode ser provocada e levada a ira. Dizem que aqueles azarados o suficiente que conseguem encontrar tal criatura e sobrevivem carregam seu cheiro por exatos sete anos.

4.

É uma criatura muito reservada e geralmente viaja na hora do crepúsculo. A pele, que é recoberta de verrugas e pintas, não o veste bem; os melhores juízes dizem que é o mais infeliz dos animais. É fácil rastreá-lo, pois chora continuamente e deixa uma esteira de lágrimas. Quando o encurralam e não consegue fugir ou quando o surpreendem e se assusta, desmancha-se em lágrimas intermináveis.

5.

Os primeiros registros que se tem dessas criaturas aparecem na Grécia antiga, e se referem a elas como “Musas da inspiração”. A criatura, assim como as outras