Crianças abandonadas
Estudar um pouco a história da Educação Infantil significa chegar mais perto dos momentos nos quais homens e mulheres criaram lugares para cuidar, para escolarizar, enfim, para receber as crianças. As formas que tais instituições assumiram em diferentes situações muitas vezes se relacionaram com as idéias de ordem, progresso e prosperidade (e assim por diante) produzidas de diversas formas pela sociedade. Com isso se quer dizer que na história das creches, dos jardins-de-infância e das pré-escolas encontra-se também a história do trabalho, de quem trabalha e de quem manda trabalhar. Acha-se também a história das pessoas que encontraram no cuidado da criança uma profissão, um lugar para construir a própria identidade.
A educação infantil no Brasil tem sua história marcada por mobilizações sociais, rompendo assim inúmeros desafios.
Após a revolução francesa a elite brasileira influenciada pelo modelo educacional européia e com crescentes números de fabricas que foram surgindo no Brasil e a necessidade das mães deixarem seus filhos para trabalharem foi criada por Froebel e implantada a primeira escola infantil no Rio e São Paulo, também a escola Montessoriano foi uma das referencias no método infantil dentre ouros, mas só a partir de 1896 foram criados os jardins públicos.
Até 1920, as instituições tinham um caráter exclusivamente filantrópico e caracterizado por seu difícil acesso oriundo do período colonial e imperialista da história do Brasil. A partir desta data, deu início á uma nova configuração.
Na década de 30, o Estado assumiu o papel de buscar incentivo (financiamento) de órgãos privados, que viriam a colaborar com a proteção da infância. O Mec e entre outros órgãos foram criados voltados à assistência infantil. Nesta época iniciou-se a organização de creches, jardins de infância e pré-escolas de maneira desordenada e sempre numa perspectiva emergencial.
Em 1940 surgiu o departamento nacional da criança com