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Crítica do filme: Animais Unidos Jamais Serão Vencidos - por Flavio Orsini Costa Val

Além de Rango e da já comentada aqui na semana passada Gnomeu e Julieta, outra simpática animação está nas telas da capital mineira: Animais Unidos Jamais Serão Vencidos (Konferenz der Tiere, Alemanha, 2010), dos diretores Reinhard Klooss e Holger Tappe. O filme conta a história de um grupo de animais que vivem em paz em território africano, até que, certo dia, a água praticamente desaparece. Eles investigam o que possa ter ocorrido, e descobrem que os homens construíram uma imensa represa rio acima, que deixou o local onde vivem totalmente seco. Para reverter a situação, os animais resolvem se unir e partir para um confronto contra os humanos. São alguns eles o suricato Billy – uma espécie de esquilo - , o leão Sócrates, a girafa Gisele e o galo Pierre. Sócrates é preso por um caçador, e os bichos tentarão também libertá-lo. Outros animais de diversas partes do mundo se unem a eles e tentam evitar também que seja levantado um hotel com a água da represa.

O filme é razoavelmente divertido (especialmente para as crianças menores) e muito bem feito em termos de qualidade técnica da animação, mas não tem qualquer vestígio de novidade. Com dois minutos de projeção, temos a impressão de que estamos assistindo a uma nova aventura de Madagascar: alguns animais, em especial a girafa, tem os mesmos traços da girafa daquele filme. Um pouco mais, e descobrimos que o elefante também é igualzinho ao de Horton e o Mundo dos Quem. O leão, por sua vez, é bem parecido com o de O Rei Leão. Ou seja, a produção é marcada pela preguiça, e não pela criatividade – o que é o seu pior defeito. Personagens de outros desenhos animados foram claramente usados como modelos, e a produção não se deu sequer ao trabalho de fazer modificações nos seus traços.

Mas há outros defeitos tais como furos de lógica, mais perdoáveis por se tratar de uma animação, como o urso polar que vai parar na África graças ao