Cor e raça no brasil

Capítulo 1 - ANTUNES, Ricardo. A era da Informatização e a época da Informalização: riqueza e miséria do trabalho no Brasil. p. 15-25.

1. O autor faz uma retrospectiva histórica sobre o capitalismo brasileiro. Relate, com suas palavras, como se caracterizou o processo de reestruturação produtiva do capital na década de 1980.
O período do Governo Sarney a partir do meio da década de 80 trouxe os primeiros influxos da nova divisão do trabalho no Brasil, bem como da informatização produtiva. Os primeiros anos desta década foram marcados pela retração de custos das empresas e redução da força de trabalho (setores automobilístico, têxtil, bancário e autopeças).
Percebendo a necessidade da elevação da produtividade, diante do novo cenário da economia (após o “milagre econômico” em que o “bolo” não foi divido) foi necessária uma reorganização da produção e intensificação das jornadas de trabalho. Neste momento surgem no país os CCQs (Circulo de Controle da Qualidade) para contribuir com o crescimento da produtividade e dos sistemas Just-in-time e Kaban. As empresas adotam também os métodos participativos, que sugeriam o envolvimento direto dos trabalhadores nas questões internas, sendo que na verdade visavam uma sujeição destes em relações de trabalho.
2. Relate como ocorreu a reestruturação produtiva do capital na década de 1990.
Na década de 90 se consolidou no Brasil uma reestruturação produtiva caracterizada pela implantação de vários receituários oriundos da acumulação flexível e do ideário japonês toyotista. Esse processo foi marcado principalmente por uma contínua terceirização da força de trabalho, pela transferência de plantas e unidades produtivas das empresas e pelo que Castilho chamou de liofilização organizacional. Temos o desenvolvimento do modelo toyotista (mesmo com a persistência do fordista em algumas empresas), através da implantação concreta do sistema just-in-time (de produção para demanda - setor automobilístico) aliado a um controle de