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Como a Copa do Mundo afetará a imagem global do Brasil
Que benefícios – e danos – o Mundial pode causar ao Brasil
A Copa do Mundo de 2014 será o evento mais transmitido e visto da história da humanidade. Não apenas por causa dos 16 mil jornalistas de outros países trabalhando na cobertura. Ou porque a transmissão dos jogos pela TV chegará a 3,6 bilhões de pessoas. Nestas quatro semanas, os 600 mil turistas estrangeiros aguardados para a Copa criarão uma quantidade prodigiosa de vídeos, fotos e textos sobre o Brasil e os brasileiros. Compartilharão suas experiências e impressões com o resto do mundo por meio das mais diversas redes sociais na internet – experiências e impressões que moldarão lembranças e opiniões pelos próximos anos, talvez décadas.
O efeito dessas histórias poderá ser sentido de algumas formas diretas, como o número de turistas do exterior que virão ao Brasil nos próximos anos e na Olimpíada de 2016, no Rio. Outros efeitos, no longo prazo, serão mais difusos, mas não menos poderosos. O saldo final influenciará decisões de estrangeiros de morar no Brasil, investir aqui, comprar produtos ou serviços de brasileiros, acreditar nas nossas marcas e levar a sério esforços verde-amarelos na diplomacia internacional, De maneira geral, a simpatia e a confiança global no Brasil melhoraram desde os anos 2000. Nos últimos anos, mantiveram-se estáveis. O país subiu na escala de poder não violento (ou soft power) – a capacidade de fazer com que outros queiram o mesmo que nós, sem que precisemos usar força ou coerção, na definição do cientista político americano Joseph Nye. O Brasil tem um trunfo interessante: em 22 de 37 países estudados, os jovens (os futuros poderosos) gostam mais do Brasil que adultos e idosos. Essa diferença aparece em destaque em países importantes, como Alemanha, China, Estados Unidos, México ou Reino Unido, segundo o estudo do Centro de Pesquisa Pew, dos EUA.
A Copa não definirá sozinha como a confiança e a simpatia além das