Copa do mundo

Estádios atrasados, possível superfaturamento nas obras, falta de organização e segurança colocada à prova em vários momentos. A Copa do Mundo no Brasil é, desde de 2007, quando foi anunciada como sede da competição, um misto de euforia e dúvida. A menos de 80 dias para o início da competição, três estádios ainda não estão prontos (Arena Corinthians, Arena da Baixada e Arena Pantanal) e as obras de mobilidade seguem para uma finalização pós-Copa, deixando um mistério sobre o famoso “legado”, tão exaltado durante os últimos anos.

Mesmo assim, a Copa do Mundo começa a ganhar corpo fora do Brasil. Se nas obras a competição não vai bem, a situação em ações de marketing para promover o evento tem se tornado cada vez mais frequentes. Na última segunda-feira (31), foi lançado em São Paulo o novo álbum de figurinhas do Mundial deste ano. A parceria entre a Fifa e a Panini, empresa responsável pelo produto, promete levar o álbum a 120 países espalhados pelo planeta. Junto com o lançamento do álbum, deve ocorrer nas próximas semanas o lançamento do jogo oficial da Copa do Mundo, produzido pela EA Sports. O game traz as trinta e duas seleções, com jogadores, técnicos e o mais importante: todas as 12 arenas que estarão na competição foram retratadas de maneira fiel, seguindo o estilo arquitetônico de cada um dos empreendimentos.

Por fim, nesta semana foi divulgado um episódio do consagrado seriado norte-americano, “Os Simpsons”, com uma partida de futebol sendo realizada na Arena Corinthians, palco da abertura da Copa, no dia 12 de junho, com o duelo entre Brasil e Croácia.

Um álbum, o jogo oficial da competição e o episódio de um seriado são ações mínimas, mas que podem levar a Copa do Mundo no Brasil a um outro patamar, principalmente no exterior. As três medidas representam um cenário diferente do que se tem visto até o momento, onde exaltar e promover a competição aqui são momentos raros na mídia.