Cooperação interindustrial redes de empresas
KUPFER, D.; HASENCLEVER, L. Economia Industrial. Rio de Janeiro, Elsevier. 2002. “Cap. 15 “Cooperação interindustrial redes de empresas”.
Diante do processo de transformação capitalista ocorrido a partir de meados dos anos de 1970 e do crescente aumento da concorrência e competitividade empresarial e do entendimento de que as empresas agindo de forma isolada não teriam condições de sobreviver e de se desenvolver devidamente, surge o conceito de redes organizacionais. A crescente difusão e utilização dos conceitos de redes no contexto organizacional surge como recurso estratégico para enfrentar um ambiente de turbulências e incertezas, caracterizado pela competitividade, crises e movimentos de reestruturação, tanto nas diversas esferas de atuação pública como na gestão dos negócios. Dessa forma, dentro da teoria organizacional, o conceito de redes, suas vantagens e utilização passam a ser temas cada vez mais estudados uma vez que esta forma de relação permite às empresas sobreviver e se manter competitiva no mercado. De uma forma geral, o termo rede designa um conjunto de pessoas ou organizações interligadas direta ou indiretamente e tem como princípios fundamentais a interação, o relacionamento, a ajuda mútua, o compartilhamento, a integração e a complementaridade. As redes intensificam a interação, promovendo uma redução do tempo e do espaço nas inter-relações entre os seus atores, fatores que são altamente estratégicos para a competitividade das organizações no contexto atual. O estudo e a aplicação do tema redes no ambiente de negócios e das organizações se deve principalmente ao aumento da concorrência e competitividade empresarial e ao fato de as empresas, atuando de forma isolada, não serem capazes de obter as devidas condições de sobrevivência e desenvolvimento no ambiente em que atuam. Portanto, é a partir da necessidade das empresas atuarem conjuntamente e cooperarem entre si com o objetivo de tornarem-se mais eficientes e