CONTRABANDO ARQUEOLÓGICO NO AMAPÁ

1018 palavras 5 páginas
ROUBO DO PATRIMÔNIO, ROUBO DA MEMÓRIA

Josimar Guedes de Negreiros
Acadêmico do curso de Licenciatura em História

PALAVRA-CHAVE: escavações; mercado negro; ilegal.

1. INTRODUÇÃO
Dentre todos os trabalhos de pesquisa onde se busca realmente entender/explicar a origem ou evolução cultural de uma determinada sociedade, pode-se dar ênfase à arqueologia, pois esta, muito além de escavar buracos e recuperar objetos antigos, busca elucidar através dos ecofatos e biofatos, a apropriação da natureza pelo homem. Essa apropriação da natureza é expressa através da criação de ferramentas de corte/caça e também pela demarcação de espaços por um determinado grupo de seres humanos deixando evidente uma associação dos vestígios do meio ambiente e restos de animais aos seres humanos. Assim o trabalho da arqueologia se torna fundamental para a compreensão dessas culturas sem escritas, ágrafas, conhecidas como pré-históricas.
Mas a tarefa de elucidar ou mesmo de entender o modo de vida das sociedades antigas está ficando cada vez mais difícil, pois além dos inimigos naturais como o tempo e o abandono, surge outro potencialmente mais ofensivo: o crescente mercado negro das peças arqueológicas. É imprescindível citar que essa ação criminosa causa grande dano a memória cultural brasileira.

2. DESENVOLVIMENTO
No Amapá, descobertas arqueológicas recentes têm chamado a atenção de especialistas do mundo, pois foram encontradas urnas funerárias que só eram conhecidas pelos pesquisadores por meio de peças expostas em museus na Europa. Trata-se de quatro urnas funerárias, dentre elas uma com formas humanas, além de esqueletos de adultos e de uma criança, encontradas na localidade do Curiaú Mirim, datando de aproximadamente 1.000 anos A.P. É interessante citar que desde o início do século XX escavações arqueológicas acontecem na região, mas de maneira clandestina e que, infelizmente, os achados geralmente são vendidos no mercado negro, para museus europeus ou particulares,

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